Acredito que esa seja a parte final da viagem, então… aqui vai!
Retomamos nossa última história com um lembrete: “Nunca beba de barriga vazia!”
Sim, meus amigos, depois daquela sexta-feira (crônica da semana passada), o sábado veio pra mostrar como algumas pessoas não devem exagerar na cachaça achando que vão vencê-la! Hehehe
A rapaziada acordou cedo, tomou um café pra forrá o estômago, exceto Leitão…Este bravo ser muito macho, dotado de incrível capacidade de absorver sotaques em menos de um dia de convivência com “nativos”, não tomou café, não comeu um pãozinho, não tomou um suco de laranja e nem um gole de água. Acordou e já estava “pronto” pro churrasco! (esse cara é bruto demais)
Ao se deslocarem para a chácara, os 4 amigos iam tentando se lembrar da noite anterior, que acabou em gritos pelas ruas de Jaú com os faróis do carro desligados, mas sem sucesso! Chegando lá, a família local já estava tomando uma geladinha, curtindo um futebolzinho no sol do meio-dia, mas ainda faltava a carne.
12h – Leitão já tratou de pegar um copo pra cada integrante e um litrão de cerveja.
O tempo não estava bom para Fred, que sofria de uma intensa dor-de-cabeça e não conseguia respirar pelo nariz, mas prometeu começar a beber assim que fosse possível. Raúl e Frontini (que bebia para curar a ressaca) acompanhavam Leitão na bebedeira.
13h – Nada de Fred acompanhar os camaradas, mas os 3 seguiam bebendo, guiados pela sede de Leitão, que era ligeiro em comentários futebolísticos (cornetação).
14h – Uma gentil senhora aparece com um comprimido e faz promessas à Fred, dizendo que aquele ali era “tiro-e-queda”, “pá-buf”. Logo logo ele se juntaria a seus amigos na bebedeira. Leitão já estava gritando e os outros dois começaram a ficar alegres.
15h – Lembram quando eu disse que não era bom beber muito sem ter comido nada? Pois então, o churrasco não havia saído ainda e Leitão, pra variar, já estava mais loco que o Bátima. Foi quando Fred começa sua caminhada rumo à embriaguez. Numa das conversas com Leitão, Fred lhe disse que não era pra fazer feio na frente da família de Raúl, pois isso seria prejudicial para sua imagem frente aos nativos. Leitão não deu ouvidos e continuou secando o copo como uma esponja.
16h – Todos os que se faziam presentes na chácara já estavam mais pra lá do que pra cá, quando surgiu uma garrafa de Coquinho (aguardente de cana com um pouco de coco). Acho que aí que o estrago foi feito, pra valer. Fred toma uma dose e se sente tão bem que começa a tomar cerveja com mais vigor! Êta remedinho dus bão!
Leitão aceita uma dose de coquinho, toma outra logo em seguida e some no meio da galera! Frontini e Raúl continuavam a beber e conversar com os nativos, sem gritaria e sem problemas, socialmente.
17h – A coisa começa a ficar complicada. Leitão não consegue mais falar coisa com coisa mas mesmo assim, macho que é, continua em pé, ventando – como diria Gersão. Para outros, Leitão estava no chamado “Finish Him”.
Daí pra frente a situação não fica melhor…
No meio do caminho, Frontini é chamado:
Tio bêbado: Ei Cadu, vem aqui…
Frontini: Mas eu não sou o Cadu!
Tio bêbado: Não é você que vai pescar com a gente lá no pantanal?
Primo bêbado: É Cadu, conta a história direito aí pro tio!!!
Tio bêbado (com olhar de fúria para o rapaz): Olha, se você não é o cara e se aparecer pra ir pescar com a gente, tá fudido! Não passa de Bauru.
18h – Já está tudo escuro na chácara e algumas famílias começam a ir embora. Os 4 amigos continuam bravamente e Leitão se destaca pela inabilidade para andar, falar, comer ou beber…
19h – É chegado o momento em que Leitão, desprovido de reflexos na velocidade desejada, faz uma bela cagada sem saber… Com o copo na mão e em pé, ele foi ser “chacoalhado” pra ver se acordava, mas infelizmente o conteúdo do seu copo voou e lavou a mãe de nosso amigo Raúl. Foi um ato impensado, diz ela. Mas que foi um banho, foi!
20h – Leitão se aproxima de Hanna, como quem não quer nada e balbucia qualquer coisa, mas não tem sucesso na abordagem. Solta uma baba quilométrica e preocupa todos que estão ao seu redor (mostrando que passou dos limites etílicos). Neste momento, Hanna se encarrega de levar Leitão para um descanso longo e relaxante. Segundo depoimentos da moça, Leitão demorou mais de meia hora pra se convencer de que era necessário dormir.
21h – Toda hora que alguém ia ao banheiro masculino, era “ de lei” dar uma espiadinha no casal Hanna-Leitão. Mas como o rapaz tava muito doido, só se via um carinhoso cafuné de Hanna em Leitão, que dormia muito pesado…
22h – Hanna não agüenta a pressão e dorme noutra cama, dando fim à sua saga no sábado.
Sabe-se lá que horas eram – Quando a galera que fazia o som não sabia tocar outra coisa que não fosse pagode. Quer dizer…Sertanejo virou pagode, Raulzito virou pagode, MPB virou pagode, e por aí vai…
Num momento oportuno, o grupo (agora de 3 pessoas) resolveu ir embora. Acordaram Leitão, levaram-no pro carro e, quando todos estavam dentro do veículo, apareceu a questão: “Por que a gente tá indo embora?”. Obviamente, todos voltaram pra chácara e ficaram perto da churrasqueira curtindo uma cerveja, carne e conversa com amigos.
Após alguns minutos, o frio era intenso e surgiu a resposta pra pergunta anterior: “Ah, a gente queria ir embora porque tava frio pra caralh*”
Depois de muita conversa, todos os 3 decidiram ir embora mas Leitão deveria ser acordado novamente.
Muita conversa rolou até Leitão estar de acordo com a ida para casa…
O fim de noite foi tão repentino que ninguém sabe ao certo o que aconteceu na volta pra casa. E o domingo foi de ressaca e viagem de volta…
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